sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Você tem sido Águia ou Galinha? - Parte 2

                    Dando continuidade ao assunto Águia ou Galinha é importante ter lido o post de
                   ontem para entender o post de hoje.


Galinhas ou Águias?

        Galinhas também são símbolos de pessoas. As única vezes que a Bíblia se refere a galinhas, foi quando Jesus as usou como exemplo das pessoas em Jerusalém que não podiam ouvir sua mensagem nem podiam atender ao seu chamado. Elas viajavam em grupos, em bandos, e estavam presas à terra. Elas mantinham seus olhos nas coisas deste mundo e ciscavam buscando uma simples existência, sem nunca erguer suas cabeças para ver O que é do alto. Eles comiam as migalhas que lhes eram lançadas, e, gulosamente, procuravam mais no terreiro do celeiro abarrotado, para encher suas barrigas, e muito do que comiam era impuro. Por ser a galinha uma ave suja por natureza, elas comem coisas mortas e outras imundícies. Por um lado, elas estão amarradas à sua existência e por outro, estão limitadas por cercas, e estão satisfeitas com isso.

        Mas a águia não. Porque ela herdou uma natureza que não pode nem sobreviverá no cativeiro, limitada pelas dimensões finitas de um galinheiro. Para ser feliz e cumprir seu propósito na vida, ela deve ser livre e planar nos grandes espaços abertos entre as nuvens do céu. Lá em cima, ela parece solitária, porque não são muitos os que ousaram subir a tais alturas, mas a águia não se preocupa, porque não é da natureza dela enturmar-se com as multidões ou com a maioria.


Características dos Santos-Águias

        Nós podemos aprender muito sobre nosso chamado divino se considerarmos o que a Bíblia diz sobre águias. Deuteronômio 32:11 nos fala como a águia jovem tem sua introdução à prática de planar nos céus. Que os Santos-Águias ouçam cuidadosamente. Lá diz que a águia mãe “desperta o seu ninho”,  “plana sobre os seus filhos”, “estende completamente suas asas” e “os leva sobre as asas”.
        Chega o tempo quando a jovem  águia tem que deixar o ninho e planar com suas próprias asas. Mas olhando para baixo, lá das alturas do cume da montanha, ela não se sente pronta para se lançar em tal empreendimento que para ela é novo e perigoso. Ela “não passou por este caminho antes”, e está relutante em partir. Com isso, a águia mãe começa a tornar as coisas incômodas para ela. O ninho é tão macio, tão seguro, tão confortável, e ela está satisfeita por permanecer lá. Ela não quer nem ouvir falar desse negócio de “experimentar suas asas”. Assim, a águia mãe “chacoalha o ninho”, rasga a cama macia e quebra os ramos até minar a sustentação do ninho. Em outras palavras, ela começa a tornar insuportável a vida que antes parecia tão agradável naquele lugar.

        Ó, Santos de Deus, parece que Deus está lhe tratando muito severamente? Ele está rasgando seu ninho macio e confortável? O lugar em Deus que uma vez satisfez uma necessidade em sua vida agora parece áspero, apertado, e incômodo? O que está acontecendo? O Senhor está pronto para empurrá-lo para fora da sua ilha de conforto e lançá-lo em alturas com as quais você nunca sonhou. Aqueles gravetos pontudos na beira do ninho que lhe serviam de proteção, parecem-se agora com punhais a lhe causar dor e sofrimento? Você tem desejado saber qual foi o problema, e talvez até duvide que você estivesse mesmo na vontade de Deus? Pois não duvide mais, e espere com fé pela próxima grande obra de Deus em sua vida. Não é a ira de Deus que tenta destruí-lo. É o amor e a sabedoria do nosso Deus procurando levá-lo a dar outro grande passo no plano e propósito de Deus para sua Igreja. Nós, por natureza, adoramos a segurança. Assim o Senhor tende a nos fazer sentir totalmente desconfortáveis no nosso “ninho” para nos levar a querer nos lançar em jornadas espirituais pioneiras nos céus.


O Bater das Asas

        Ainda assim, a águia jovem não quer deixar o ninho rasgado e revirado. Portanto, a águia mãe começa a “planar e a bater suas asas em cima dos seus filhos”. Em outras palavras, a águia mãe começa a açoitá-los com seus ventos. As asas, debaixo das quais a águia jovem uma vez se escondeu de todo o perigo, agora parecem ter se tornado suas maiores inimigas. Que terrível mudança de eventos! Para escapar dessas asas terríveis, ela escala o lado do ninho, mas como a águia mãe esparrama suas asas pelas bordas do ninho, só lhe resta subir nas costas da mãe. Agora, aonde ela for, o filhote irá. Porque o ninho deixou de ser o lugar seguro; a casinha aquecida que uma vez fora acolhedora.

        Veja agora a águia mãe. Veja como ela plana alto no céu, com a pequena águia que teme pela sua querida vida. Muito acima das nuvens lá vai ela e, de repente, sem advertência nenhuma, ela mergulha e sai de baixo da pequena águia, deixando-a solta no ar. Ela grita de pavor enquanto cai pelo espaço vazio, mas, instintivamente, suas asas se estiram e começam a tentar pegar o ar. Caindo, caindo, caindo! Ela vai caindo enquanto suas asas inexperientes não funcionam o bastante para sustentá-la. Quando parece que toda a esperança está perdida, e ela está a ponto de se chocar com as pedras lá em baixo, a águia mãe se coloca debaixo dela e a lança para cima com suas asas. Glória a Deus, que alívio! De volta às alturas, elas planam. O filhote sobre as asas da mãe. Que sentimento glorioso! Mas logo que ela volta a pensar que tudo está bem de novo, que ela está sentada no topo do mundo, a águia mãe volta a deixá-la solta no ar. E começa tudo novamente. Desta vez, as asas dela começam a funcionar um pouco melhor, tornam-se um pouco fortes, até que, finalmente, ela aprende a pegar as correntes de ar e planar por si mesma, não precisando mais que a mãe monitore seu vôo. Ela não é mais um filhote, ela é Águia.


A Queda do Rebelde

        Mas, às vezes, o filhote de águia é tirado do ninho e se recusa a voar. Ele não quer testar suas asas. Todas as vezes que a mãe o solta no espaço vazio, ele fica quieto e espera até que a águia mãe o pegue e o leve de volta às alturas sobre as asas dela. E o processo é repetido até que a águia mãe se convence de que não há nenhuma esperança para ele, que ela não lhe pode ensinar a voar com suas próprias asas. Se ele fosse uma galinha, alguém cuidaria dele, o alimentaria e o protegeria. Mas não a águia. Ou ele aprende planar sozinho, ou passa fome até a morte, ou se torna presa de animais selvagens. Sabendo disto, a águia mãe o leva aos altos céus para um último passeio. Então, com um guincho selvagem de dor e decepção, ela mergulha no espaço saindo de debaixo do filhote. Voa para longe, e o deixa cair para a morte sobre as pedras lá embaixo.

        Os Santos-Águias têm um treinamento especial para cada um. O tremular das suas asas nos faz pensar, às vezes, que Ele vai nos conduzir à morte. Mas a Bíblia diz que se nós não recebemos sua correção, é um bom sinal de que não somos seus Filhos. Quando nós queremos finalmente deixar o ninho e confiamos completamente nEle, então, Ele nos leva a alturas de glória nunca antes experimentada. Bem, tudo nos parece maravilhoso, e nós estamos regozijando em nossas experiências novas e gloriosas. Então, de repente, a sustentação nos foge aos pés e nos vemos no vazio. E Ele não está mais lá.

        À medida que caímos das alturas atordoantes de glória para as profundezas de obscuridade e de desespero, nós agitamos nossas fracas asas desesperada e inutilmente, e imaginamos por que Deus nos deixou perecer dessa forma. De repente,  lá está Ele! Então, Ele nos apara com suas asas de águia e nos leva de volta aos céus,  e nossa força e alegria retornam. Somente para vermos que o processo deve ser repetido. Muitas e muitas vezes, até que, finalmente, nos achemos capazes de usar nossas “asas” dadas por Deus,  e nos sustentemos nas alturas pelo poder da Sua força dentro em nós.

        Porém, alguns, aos quais é oferecida a Filiação como Santos-águias, se recusam a caminhar nesta dimensão. Eles se rebelam contra o processo de Deus. Eles se ressentem quando colocados na fornalha de fogo. Eles amam o ninho nas alturas, a segurança das asas do Pai, mas menosprezam a correção, a disciplina e a necessidade de aprender a se sustentar sozinhos nos céus. Ele é paciente. Ele é longânime. Ele trabalha com eles e lhes dá chance após chance. Mas alguns não aprenderão, e em seu espírito de  rebeldia, não se renderão ao desejo dEle. Assim, finalmente, Ele os deixa cair para a destruição nas pedras escarpadas de uma natureza terrena carnal. Você já os viu, e eu também.

        E eu quis saber como foi que esses que uma vez planaram entre as estrelas puderam cair a tão baixos níveis e chegar a esse lastimável fim. Como é que alguns que tiveram tal revelação, tais dons e ministérios maravilhosos, puderam chegar a lugares onde aceitaram tais doutrinas heréticas do inimigo? Ou liquidar seus ministérios e vender o dom de Deus em troca de fama e fortuna? Isto tem acontecido, e você sabe disso. Isto não torna a revelação do Espírito Santo menos verdadeira, nem os afasta da realidade do Dom que Deus tinha lhes dado. Teria sido melhor se eles tivessem permanecido como galinhas, na segurança do terreiro do celeiro. Mas eles oraram para ser águias, e Deus lhes respondeu. Porém, durante os testes de vôo, brotou-lhes a natureza rebelde, os quais não se submeteriam completamente aos procedimentos e à disciplina do Espírito Santo. E eles caíram. Uma galinha pode cair do seu poleiro, ou para fora do galinheiro, mas ela nunca cai de muito alto nem vai muito longe. Porque ela nunca sobe a grandes alturas. Mas quando uma águia cai, ela cai por um caminho longo, e sua queda é vista por muitos. Mas isso é necessário, amado, porque nenhum rebelde deve estar entre esses que fazem os ninhos no topo das montanhas e planam sobre as nuvens tempestuosas.

Continua no Post de amanhã.

Do livro: Águias Santas voem - Bill Britton

Deus te abençoe!
Pra Mariete Monteiro

Música: Voar como Águia - Alda Célia






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