ontem para entender o post de hoje.
Galinhas ou
Águias?
Galinhas também são símbolos de pessoas. As única vezes que a Bíblia se refere
a galinhas, foi quando Jesus as usou como exemplo das pessoas em Jerusalém que
não podiam ouvir sua mensagem nem podiam atender ao seu chamado. Elas viajavam
em grupos, em bandos, e estavam presas à terra. Elas mantinham seus olhos nas
coisas deste mundo e ciscavam buscando uma simples existência, sem nunca erguer
suas cabeças para ver O que é do alto. Eles comiam as migalhas que lhes eram
lançadas, e, gulosamente, procuravam mais no terreiro do celeiro abarrotado,
para encher suas barrigas, e muito do que comiam era impuro. Por ser a galinha
uma ave suja por natureza, elas comem coisas mortas e outras imundícies. Por um
lado, elas estão amarradas à sua existência e por outro, estão limitadas por
cercas, e estão satisfeitas com isso.
Mas a águia não. Porque ela herdou uma natureza que não pode nem sobreviverá no
cativeiro, limitada pelas dimensões finitas de um galinheiro. Para ser feliz e
cumprir seu propósito na vida, ela deve ser livre e planar nos grandes espaços
abertos entre as nuvens do céu. Lá em cima, ela parece solitária, porque não
são muitos os que ousaram subir a tais alturas, mas a águia não se preocupa,
porque não é da natureza dela enturmar-se com as multidões ou com a maioria.
Características
dos Santos-Águias
Nós podemos aprender muito sobre nosso chamado divino se considerarmos o que a
Bíblia diz sobre águias. Deuteronômio 32:11 nos fala como a águia jovem tem sua
introdução à prática de planar nos céus. Que os Santos-Águias ouçam
cuidadosamente. Lá diz que a águia mãe “desperta o seu ninho”, “plana
sobre os seus filhos”, “estende completamente suas asas” e “os leva sobre as
asas”.
Chega o tempo quando a jovem águia tem que deixar o ninho e planar com
suas próprias asas. Mas olhando para baixo, lá das alturas do cume da montanha,
ela não se sente pronta para se lançar em tal empreendimento que para ela é
novo e perigoso. Ela “não passou por este caminho antes”, e está relutante em
partir. Com isso, a águia mãe começa a tornar as coisas incômodas para ela. O
ninho é tão macio, tão seguro, tão confortável, e ela está satisfeita por
permanecer lá. Ela não quer nem ouvir falar desse negócio de “experimentar suas
asas”. Assim, a águia mãe “chacoalha o ninho”, rasga a cama macia e quebra os
ramos até minar a sustentação do ninho. Em outras palavras, ela começa a tornar
insuportável a vida que antes parecia tão agradável naquele lugar.
Ó, Santos de Deus, parece que Deus está lhe tratando muito severamente? Ele
está rasgando seu ninho macio e confortável? O lugar em Deus que uma vez
satisfez uma necessidade em sua vida agora parece áspero, apertado, e incômodo?
O que está acontecendo? O Senhor está pronto para empurrá-lo para fora da sua
ilha de conforto e lançá-lo em alturas com as quais você nunca sonhou. Aqueles
gravetos pontudos na beira do ninho que lhe serviam de proteção, parecem-se
agora com punhais a lhe causar dor e sofrimento? Você tem desejado saber qual
foi o problema, e talvez até duvide que você estivesse mesmo na vontade de Deus?
Pois não duvide mais, e espere com fé pela próxima grande obra de Deus em sua
vida. Não é a ira de Deus que tenta destruí-lo. É o amor e a sabedoria do nosso
Deus procurando levá-lo a dar outro grande passo no plano e propósito de Deus
para sua Igreja. Nós, por natureza, adoramos a segurança. Assim o Senhor tende
a nos fazer sentir totalmente desconfortáveis no nosso “ninho” para nos levar a
querer nos lançar em jornadas espirituais pioneiras nos céus.
O Bater das
Asas
Ainda assim, a águia jovem não quer deixar o ninho rasgado e revirado.
Portanto, a águia mãe começa a “planar e a bater suas asas em cima dos seus
filhos”. Em outras palavras, a águia mãe começa a açoitá-los com seus ventos.
As asas, debaixo das quais a águia jovem uma vez se escondeu de todo o perigo,
agora parecem ter se tornado suas maiores inimigas. Que terrível mudança de
eventos! Para escapar dessas asas terríveis, ela escala o lado do ninho, mas
como a águia mãe esparrama suas asas pelas bordas do ninho, só lhe resta subir nas
costas da mãe. Agora, aonde ela for, o filhote irá. Porque o ninho deixou de
ser o lugar seguro; a casinha aquecida que uma vez fora acolhedora.
Veja agora a águia mãe. Veja como ela plana alto no céu, com a pequena águia
que teme pela sua querida vida. Muito acima das nuvens lá vai ela e, de
repente, sem advertência nenhuma, ela mergulha e sai de baixo da pequena águia,
deixando-a solta no ar. Ela grita de pavor enquanto cai pelo espaço vazio, mas,
instintivamente, suas asas se estiram e começam a tentar pegar o ar. Caindo,
caindo, caindo! Ela vai caindo enquanto suas asas inexperientes não funcionam o
bastante para sustentá-la. Quando parece que toda a esperança está perdida, e
ela está a ponto de se chocar com as pedras lá em baixo, a águia mãe se coloca
debaixo dela e a lança para cima com suas asas. Glória a Deus, que alívio! De
volta às alturas, elas planam. O filhote sobre as asas da mãe. Que sentimento
glorioso! Mas logo que ela volta a pensar que tudo está bem de novo, que ela
está sentada no topo do mundo, a águia mãe volta a deixá-la solta no ar. E
começa tudo novamente. Desta vez, as asas dela começam a funcionar um pouco
melhor, tornam-se um pouco fortes, até que, finalmente, ela aprende a pegar as
correntes de ar e planar por si mesma, não precisando mais que a mãe monitore
seu vôo. Ela não é mais um filhote, ela é Águia.
A Queda do
Rebelde
Mas, às vezes, o filhote de águia é tirado do ninho e se recusa a voar. Ele não
quer testar suas asas. Todas as vezes que a mãe o solta no espaço vazio, ele
fica quieto e espera até que a águia mãe o pegue e o leve de volta às alturas
sobre as asas dela. E o processo é repetido até que a águia mãe se convence de
que não há nenhuma esperança para ele, que ela não lhe pode ensinar a voar com
suas próprias asas. Se ele fosse uma galinha, alguém cuidaria dele, o
alimentaria e o protegeria. Mas não a águia. Ou ele aprende planar sozinho, ou
passa fome até a morte, ou se torna presa de animais selvagens. Sabendo disto,
a águia mãe o leva aos altos céus para um último passeio. Então, com um guincho
selvagem de dor e decepção, ela mergulha no espaço saindo de debaixo do
filhote. Voa para longe, e o deixa cair para a morte sobre as pedras lá
embaixo.
Os Santos-Águias têm um treinamento especial para cada um. O tremular das suas
asas nos faz pensar, às vezes, que Ele vai nos conduzir à morte. Mas a Bíblia
diz que se nós não recebemos sua correção, é um bom sinal de que não somos seus
Filhos. Quando nós queremos finalmente deixar o ninho e confiamos completamente
nEle, então, Ele nos leva a alturas de glória nunca antes experimentada. Bem,
tudo nos parece maravilhoso, e nós estamos regozijando em nossas experiências
novas e gloriosas. Então, de repente, a sustentação nos foge aos pés e nos
vemos no vazio. E Ele não está mais lá.
À medida que caímos das alturas atordoantes de glória para as profundezas de
obscuridade e de desespero, nós agitamos nossas fracas asas desesperada e
inutilmente, e imaginamos por que Deus nos deixou perecer dessa forma. De
repente, lá está Ele! Então, Ele nos apara com suas asas de águia e nos
leva de volta aos céus, e nossa força e alegria retornam. Somente para
vermos que o processo deve ser repetido. Muitas e muitas vezes, até que, finalmente,
nos achemos capazes de usar nossas “asas” dadas por Deus, e nos
sustentemos nas alturas pelo poder da Sua força dentro em nós.
Porém, alguns, aos quais é oferecida a Filiação como Santos-águias, se recusam
a caminhar nesta dimensão. Eles se rebelam contra o processo de Deus. Eles se
ressentem quando colocados na fornalha de fogo. Eles amam o ninho nas alturas,
a segurança das asas do Pai, mas menosprezam a correção, a disciplina e a
necessidade de aprender a se sustentar sozinhos nos céus. Ele é paciente. Ele é
longânime. Ele trabalha com eles e lhes dá chance após chance. Mas alguns não
aprenderão, e em seu espírito de rebeldia, não se renderão ao desejo
dEle. Assim, finalmente, Ele os deixa cair para a destruição nas pedras
escarpadas de uma natureza terrena carnal. Você já os viu, e eu também.
E eu quis saber como foi que esses que uma vez planaram entre as estrelas
puderam cair a tão baixos níveis e chegar a esse lastimável fim. Como é que
alguns que tiveram tal revelação, tais dons e ministérios maravilhosos, puderam
chegar a lugares onde aceitaram tais doutrinas heréticas do inimigo? Ou
liquidar seus ministérios e vender o dom de Deus em troca de fama e fortuna?
Isto tem acontecido, e você sabe disso. Isto não torna a revelação do Espírito
Santo menos verdadeira, nem os afasta da realidade do Dom que Deus tinha lhes
dado. Teria sido melhor se eles tivessem permanecido como galinhas, na
segurança do terreiro do celeiro. Mas eles oraram para ser águias, e Deus lhes
respondeu. Porém, durante os testes de vôo, brotou-lhes a natureza rebelde, os
quais não se submeteriam completamente aos procedimentos e à disciplina do
Espírito Santo. E eles caíram. Uma galinha pode cair do seu poleiro, ou para
fora do galinheiro, mas ela nunca cai de muito alto nem vai muito longe. Porque
ela nunca sobe a grandes alturas. Mas quando uma águia cai, ela cai por um
caminho longo, e sua queda é vista por muitos. Mas isso é necessário, amado,
porque nenhum rebelde deve estar entre esses que fazem os ninhos no topo das
montanhas e planam sobre as nuvens tempestuosas.
Continua no Post de amanhã.
Do livro: Águias Santas voem - Bill Britton
Deus te abençoe!
Pra Mariete Monteiro
Música: Voar como Águia - Alda Célia
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