O trecho descrito abaixo foi retirado do livro "Águias Santas, Voem" de
Vale a pena parar alguns minutos e ler a visão que o autor do livro teve em uma conferência q
em que ele estava participando.
Espero que ao ler você possa ser tocado poderosamente pelo Senhor e tomar uma importante decisão na sua vida: A de se deixar ser disciplinado pelo Senhor, a fazer a escolha certa.
" Em uma estrada poeirenta que atravessava um campo largo, estava
uma bela carruagem,
algo parecido com uma diligência, mas toda guarnecida em
ouro, e com belíssimos entalhes.
Era puxada por seis grandes cavalos castanhos,
dois na frente, dois no meio e dois na traseira.
Mas eles não estavam se
movendo, não estavam puxando a carruagem, e eu quis saber por
que. Então eu vi
o cocheiro debaixo da carruagem, deitado de costas no chão, logo atrás das
patas dos dois últimos cavalos, trabalhando em algo entre as rodas dianteiras
da carruagem.
Eu pensei, “Meu Deus, ele está num um lugar perigoso; porque se
um desses cavalos der um
coice ou resolver andar para trás, eles podem matá-lo,
também se eles decidirem ir adiante, ou forem assustados por alguma coisa, eles
puxam a carruagem para cima dele”.
Mas ele não parecia amedrontado, porque
sabia que aqueles cavalos foram disciplinados,
e não se moveriam até que ele
lhes dissesse para se moverem. Os cavalos não estavam
inquietos, e embora
houvesse sininhos nas suas patas, os mesmos não estavam tilintando.
Havia
adereços na parte do arreio que ficava sobre suas cabeças, mas eles se moviam.
Eles estavam totalmente imóveis, estáticos, esperando pela voz de comando do
Mestre.
Havia Dois Potros Jovens no Campo
Enquanto eu
observava os cavalos arreados, eu notei dois jovens potros que vinham pelo
campo aberto. Eles se aproximaram da carruagem e pareciam dizer aos cavalos:
“Venham
brincar conosco, nós temos muitas e ótimas brincadeiras, nós correremos
com vocês, venham
nos pegar…” E com isso os potros corcovearam, escoicearam,
sacudiram suas caudas, e
saíram a correr pelo campo aberto. Mas quando eles
olharam para trás e viram que os cavalos
não os estavam seguindo, eles ficaram
confusos. Eles não sabiam nada a respeito de arreios,
e não podiam entender por
que aqueles cavalos não quiseram brincar com eles. Por isso, eles perguntaram
aos cavalos: “Por que vocês não correm conosco? Vocês estão cansados? Vocês
estão fracos demais? Vocês não têm força para correr? Vocês são sérios demais,
vocês
precisam de mais alegria em suas vidas”. Mas os cavalos não responderam
uma palavra
sequer, não deram patadas no chão nem moveram suas cabeças. Eles
permaneceram quietos, imóveis, esperando pela voz do Mestre.
Novamente os potros se dirigiram
a eles: “Por que vocês estão assim parados sob este
sol escaldante? Venham aqui
para a sombra agradável desta árvore. Vejam como a grama é
verde! Vocês devem
estar com fome, venham pastar conosco, o capim está tão verde e tão
bom. Vocês
parecem sedentos, venham beber de um de nossos muitos riachos de água
fresca e
clara”. Porém, os cavalos não lhes responderam, nem mesmo volveram os olhos em
sua direção, mas ficaram parados à espera do comando para seguir adiante com o
Rei.
Potros no Curral do Mestre
E então a cena mudou, e eu vi
laços serem lançados aos pescoços dos dois potros, e eles
foram levados para o
curral do seu Dono para serem treinados e disciplinados. Quão tristes
eles
ficaram ao ver seus verdes e adoráveis campos desaparecerem, e que eles agora
estavam presos num Curral com sua sujeira característica e sua cerca alta. Os
potros corriam
de um lado para o outro do curral buscando a liberdade, mas
acabaram por descobrir que
estavam presos naquele lugar de treinamento. E então
o Treinador começou a trabalhá-los,
com seu Chicote e Rédea. Que experiência
amarga para aqueles que, por toda a vida, tinham
se acostumado a viver em
liberdade! Eles não podiam entender a razão daquela tortura,
daquela disciplina
terrível. Que grande crime tinham eles cometido para merecerem aquilo?
Eles
nada sabiam acerca da responsabilidade que teriam que assumir quando chegassem
ao
final do treinamento, quando tivessem aprendido a obedecer plenamente o
Mestre, e tivessem
sido completamente disciplinados. Tudo que eles sabiam era
que este processo era a coisa
mais horrível que já lhes tinha acontecido.
Submissão e Rebeldia
Um dos potros
rebelou-se contra o treinamento, e disse: “Isto não é para mim. Prefiro a
minha
liberdade, minhas colinas verdes, meus riachos de água fresca. Eu não suporto
mais
esta prisão, nem este treinamento terrível”. Assim ele descobriu um modo
de escapar,
saltou a cerca, e correu alegremente de volta aos prados gramados.
Eu fiquei surpreso que o
Mestre o tivesse deixado ir, sem o perseguir. Em vez
disso, Ele dedicou toda sua atenção ao
potro que ficara. Este potro, embora
tivesse tido a mesma oportunidade para escapar, decidira
por se abster da sua
própria vontade, e se submeter à disciplina do Mestre. E o treinamento
tornou-se
mais duro que nunca, mas ele estava aprendendo rapidamente e cada vez
mais a
obedecer ao mais simples desejo do Mestre, e a responder até mesmo ao silêncio
da
voz do Mestre. E eu vi que se não tivesse havido treinamento, nem prova, não
teria havido nem
submissão nem rebelião da parte dos potros. Porque, no campo,
eles não tinham a escolha
de se rebelar ou se submeter, eles eram puros em sua inocência. Mas quando foram
levados ao
lugar de prova, treinamento e disciplina, então se manifestou a obediência de
um e a rebeldia que estava escondida no coração do outro. E embora parecesse
mais seguro
não ir para o lugar de disciplina, por causa do risco de ser
encontrado rebelde, não obstante
eu vi que, sem treinamento e disciplina, o
potro não compartilharia da Sua Glória nem da
Filiação.
Debaixo do Arreio
Finalmente aquele período de
treinamento teve fim. E você acha que ele teve de volta a
sua liberdade, e
voltou aos campos? Oh não! Uma restrição de liberdade ainda maior se
abateu
sobre ele, agora na forma de um arreio que lhe caiu sobre os ombros. Agora, nem
mesmo a liberdade de correr pelo curral ele tinha. Estando debaixo do arreio,
ele só podia se
mover na direção e pela extensão que o Mestre determinava. E se
o Mestre nada falasse, ele
ficava parado.
A cena mudou, e eu vi o outro
potro que, em pé ao lado de uma colina, mordiscava um pouco
de grama. Então, pela estrada que
atravessava os campos, vinha a carruagem do Rei puxada
por seis cavalos. Com
assombro, ele viu que, na primeira parelha, à direita, estava o potro
irmão
dele, que agora se mostrava forte e amadurecido pelo bom milho do estábulo do
Dono.
Ele viu os lindos adereços tremulando ao vento, e notou o arreio
reluzente com bordaduras de
ouro sobre seu irmão, e ouviu o belo tilintar dos sininhos
nos pés dele, e a inveja entrou no
seu coração. Então ele reclamou lá com seus
botões: “Por que meu irmão foi honrado assim,
e eu fiquei esquecido? Não
puseram sininhos em meus pés, nem enfeites bonitos em minha
cabeça. O Mestre
não me deu a responsabilidade maravilhosa de puxar a carruagem dele,
nem pôs
sobre mim o arreio dourado. Por que escolheram meu irmão em vez de mim?” E,
pelo Espírito, a resposta me veio, como previa. “Porque um se submeteu à
vontade e à
disciplina do Mestre, e o outro se rebelou. Assim, um foi escolhido
e o outro posto de lado”.
Escassez na Terra
Então eu vi que uma grande seca
se abatia sobre os campos, e a grama verde secou-se,
tornou-se marrom
quebradiça, morreu. Os pequenos riachos secaram, deixaram de fluir, e
apenas
uma ou outra poça barrenta apareciam aqui e acolá. Eu vi o pequeno potro (eu
fiquei admirado porque ele parecia nunca crescer ou nem amadurecer, era sempre
o mesmo)
como ele corria prá lá e prá cá, através dos campos à procura de
riachos de água fresca e
pastos verdes, mas não achava nenhum. Mesmo assim ele
ainda corria, aparentemente em
círculos, sempre procurando algo com que
alimentar seu espírito faminto. Mas havia escassez
na terra, e os ricos e
verdes pastos, e os regatos murmurantes de outrora pareciam nunca
ter existido.
Um dia, o potro parou na ladeira da colina sobre suas pernas fracas e
coxas,
e ficou imaginando qual direção
tomar em busca de comida, e onde arranjaria forças
para ir. Parecia não haver
saída, porque a comida boa e regatos de águas correntes eram
coisas do passado,
e todos os esforços que fizesse só fariam minguar cada vez mais suas
forças. De
repente, ele viu a carruagem do Rei que descia pela estrada, puxada por seis
grandes cavalos. E ele viu seu irmão, gordo e forte, músculos salientes, pelo
macio e
lustroso e cheio de bonitos enfeites. O coração dele ficou pasmo e
perplexo, e ele clamou:
“Meu irmão, onde você acha comida para se manter forte
e gordo nestes dias de escassez?
Eu corri livremente por todos os lugares em
busca de comida, e não achei nada. Onde,
em seu terrível confinamento, você acha comida? Diga-me por favor, eu tenho
que saber!” E
então a resposta veio através de uma voz cheia de vitória e
entusiasmo: “Na Casa de meu
Mestre, há um lugar secreto, nos limites do seu
estábulo, onde Ele me alimenta pela sua
própria mão, e os seus silos nunca
ficam vazios, e a sua fonte nunca seca”. Com isto, o
Senhor me fez saber que,
no dia em que as pessoas estiverem espiritualmente fracas e
famintas, em tempo
de escassez espiritual, os que tiverem se abdicado das suas próprias
vontades,
e entrado no esconderijo do Altíssimo, em submissão absoluta à sua perfeita
vontade, terão bastante alimento do Céu, e um fluxo infinito de rios de águas
vivas de revelação
pelo Seu Espírito. Assim a visão terminou.
Interpretação da Visão
“Escreva a visão, e grave-a
sobre tábuas, de forma que, mesmo quem passa correndo possa
lê-la” - (Hab.
2:2). “Arreiem os cavalos: montem cavaleiros” - (Jeremias 46:4). Eu estou certo
de que muitos de vocês que podem ouvir o que o Espírito diz para a Igreja, já
perceberam
o que Deus mostrou nesta visão. Mas permita-me torná-la mais clara.
Nascer na Família de
Deus, alimentar-se dos pastos verdes e beber do muitos
riachos de revelação progressiva
dos seus propósitos é bom e maravilhoso. Mas
não é o bastante. Quando éramos crianças,
jovens, indisciplinados, só limitados
pela cerca exterior da Lei que corria ao redor dos
limites dos pastos (isso nos
impedia de entrar nos pastos escuros de ervas daninhas e
venenosas), Ele se
contentava em nos ver desenvolver, crescer em nossa irmandade
juvenil,
espiritualmente falando. Mas o tempo se cumpriu, e chegou a hora daqueles
que
se alimentaram nos seus pastos e beberam dos seus regatos, serem
disciplinados
ou “tutorados” com a finalidade de fazer deles Filhos aptos e maduros.
Muitas
das crianças de hoje não podem entender por que alguns dos que vestiram o
arreio de
Deus não se interessam pelos muitos jogos religiosos e nem pelas
peripécias
divertidas dos imaturos. Eles querem saber por que o disciplinado
não corre atrás de
toda nova revelação que aparece, nem se alimentam das
oportunidades de se
ocuparem com atividades religiosas, aparentemente “boas e
úteis”. Eles querem saber
por que alguns não correm com eles no seu esforço
frenético de construir grandes obras e
grandes e notáveis ministérios. Eles não
podem entender o simples fato de que esta
Companhia de Santos está esperando
pela voz do Mestre. Com todas as suas atividades
externas, eles não ouvem a
Deus.
Embora muitas tentações venham
da parte dos potros brincalhões, os Santos só se
moverão na hora que o Mestre
ordenar, não antes. Os potros não podem entender por que
aqueles que
aparentemente têm grandes habilidades e força não estão fazendo uso dela.
“Bota
a carruagem na estrada!”, eles dizem.
Mas os disciplinados, os que estão sob o
arreio de Deus, sabem que é melhor não
se moverem antes de ouvirem a voz do Mestre
Interior. Eles se moverão ao seu
tempo, com grande propósito, e grande responsabilidade.
E o Senhor me fez saber que,
muitos a quem Ele tinha trazido para treinar, tinham se rebelado
contra a
disciplina e a correção do Pai, e a eles não pode ser confiada a grande
responsabilidade de Filho Maduro. Dessa forma, ele lhes permitiu voltar para a
sua
liberdade, de volta às suas atividades religiosas, seus dons e suas
revelações. Eles ainda
são seu povo e ainda se alimentam nos campos do Pai, mas
Ele os deixou fora dos
grandes propósitos para o fim da era. Assim eles se
divertem na sua liberdade e pensam
que eles são os Escolhidos, com seus muitos
fluxos de água vivente, não sabendo que eles
foram postos de lado como
inadequados para a sua grande obra no fim desta Era.
E
Ele me mostrou que, embora a correção pareça penosa por um determinado tempo, e
a
disciplina pareça difícil de se suportar, contudo, o resultado final com toda
a glória da Filiação
vale a pena, e a glória a seguir excede em prazer todo o
sofrimento que suportamos. Embora
alguns até percam suas vidas neste
treinamento, mesmo assim eles compartilharão de
semelhante glória nos seus
propósitos eternos. Portanto, não desfaleçam, Santos de Deus,
porque é o Senhor
que lhes coloca em confinamento, e não seu inimigo. É para o seu bem, e
para a
glória dele. Portanto, suporte todas as coisas com louvores e ação de graças,
porque
Ele lhes achou dignos de compartilharem da Sua glória! Não tenham medo
do chicote na mão
do Mestre, porque ele não se destina a lhes castigar, mas a
corrigir-lhes e treinar-lhes para
que possam se submeter à vontade do Pai, e
serem achados à sua semelhança quando
acordarem. Regozijem-se em diante das dificuldades e em todas as suas
tribulações, e
gloriem-se na Sua cruz, e nas limitações confinantes do Seu
arreio, porque Ele lhe escolheu, e
Ele tomou para si a responsabilidade de lhes manter fortes e bem alimentados, apoiem--se
nEle, e não confiem em sua própria débil habilidade nem na sua própria
capacidade de compreensão. Assim você será alimentado, e a mão dele estará
sobre você, e a Sua glória
lhe cobrirá e fluirá através de você, bem como
cobrirá toda a terra. Glória a Deus! Abençoado
seja o Senhor. Ele é
maravilhoso! Amigos, permita-lhe ser o Senhor da suas vidas, e não
reclamem do
que Ele faz acontecer em suas vidas.
Abundância no Tempo da Escassez
Em tempos de escassez sobre a
terra, aos que moram no esconderijo do Altíssimo e
que se submeteram à sua
vontade perfeita, Ele alimentará com sua própria mão. Quando o
terror
espalhar-se pela terra, os que estiverem debaixo do seu arreio não terão medo,
porque sentirão o freio e a rédea do Espírito a guiá-los. Quando os outros
estiverem
fracos, debilitados e com medo, aqueles estarão fortes no Seu poder,
e nada lhes faltará.
Quando as tradições e os sistemas religiosos forem
desmascarados e se mostrarem falsos,
e seus riachos secarem, então os
Escolhidos proclamarão a verdadeira Palavra do
Senhor. Portanto, alegrem-se
Filhos de Deus, porque, nesta última hora, vocês tiveram a
honra de serem
escolhidos pela Sua graça para tomarem parte nesta grande obra.
A cerca que mantém
os potros presos nos seus prados e pastos não significa nada para
os que estão
sob o arreio, porque os portões se lhes abrem, e eles vão e puxam a carruagem
do rei adiante através de lugares estranhos e maravilhosos. Eles não param para
comer dos arbustos venenosos do pecado, porque eles só se alimentam no estábulo
do
Mestre. Eles não fazem caso destes campos, passam por eles e vão adiante a
serviço do
Rei. E assim, para os que se sujeitam totalmente à sua vontade, não
há Lei. Porque eles se
movem pela Graça de Deus e são guiados pelo Espírito,
por caminhos onde todas as
coisas são lícitas mas nem todas são convenientes.
Esta é uma dimensão perigosa
para o indisciplinado, e muitos têm perecido no
pecado por terem saltado a cerca sem Seu
arreio e a Sua rédea. Alguns têm se
julgado completamente arreados e submissos a
Ele, mas descobriram que, em algum
lugar, no recôndito das suas vidas, habitava a
rebeldia e o egoísmo. Esperemos
diante dele até que ele nos ponha o cabresto e nos leve ao
lugar de
treinamento. E então, ali aprenderemos os procedimentos de Deus e as formas de
agir do Seu Espírito, até que finalmente sintamos Seu arreio cair sobre nós, e
ouçamos a
Sua voz nos guiando. Só então haverá segurança de não cairmos nas
ciladas e
armadilhas do pecado, e na Sua casa para sempre!" Bill Britton
Deus te abençoe!
Pra Mariete Monteiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário